sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Pato Mergulhão

   O pato-mergulhão é uma ave anseriforme da família Anatidae. Também conhecido como merganso do sul, mergulhador, patão e pato-mergulhador.

   O Mergus octosetaceus só sobrevive em ecossistemas ambientalmente equilibrados, em especial aqueles em que há cursos d'água limpos e transparentes. Por causa dessa peculiaridade - e dada a delicada situação dos recursos hídricos do planeta no século 21 -, não é de espantar que essa ave aquática seja classificada como “criticamente em perigo” nas listas das espécies consideradas em sério risco de extinção.

   No mundo todo restam, no máximo, 250 deles tentando subsistir em algumas áreas do interior da Argentina, do Paraguai e do Brasil. Por aqui, ainda são avistados de forma esparsa na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, e no Jalapão, no Tocantins. O maior grupo, com cerca de 100 espécimes, resiste na serra da Canastra, no sudoeste de Minas Gerais, em um trecho perto dos limites do parque nacional homônimo. A razão principal dessa surpreendente população está na excelência das águas do São Francisco e de alguns de seus afluentes em um pequeno trecho que vai do alto da serra até a parte baixa da cachoeira Casca d'Anta - o cartão-postal do parque -, em um raio de 50 quilômetros desde a sua nascente.

   Atualmente, sabe-se que os mais terríveis inimigos da ave são a retirada da mata ciliar, o assoreamento do São Francisco, a expansão da agropecuária e o uso de agrotóxicos. “O crescimento do turismo desorganizado e a prática de esportes radicais nas proximidades de seu território também tiram o sossego desses animais, arredios e assustadiços.

   Seu bico longo, fino, serrilhado e recurvo é adaptado para capturar peixes com mergulhos de extrema destreza. Penacho nucal desenvolvido e preto (preto esverdeado no macho, menor e cor de chocolate na fêmea). Silhueta baixa quando nada. Grande marca dividida na asa. Pés vermelhos. Apresenta asa de 21 centimetros, a cauda de 10 centimetros, um bico de 3,2 centimetros em média e tarso de 4,2 centimetros. Mede cerca de 55 centimetros.

   Sobe e desce rios encachoeirados à procura de pequenos peixes (Characidae).  A espécie necessita de correntes d'água 100% limpas e claras, protegidas por matas ciliares preservadas e com abundância de peixes, em especial o lambari.

   São monogâmicos, com período reprodutivo entre maio e setembro, quando chocam até oito ovos por ninhada. Os filhotes nascem depois de pouco mais de 30 dias de incubação e permanecem com os pais por até dez meses.

   Nidifica nos ocos das árvores à beira dos rios. Voa baixo ao longo do rio, pousando em rochas, bancos de areia (praia) e troncos caídos na água. Uma das poucas aves brasileiras adaptadas a rios de regiões de planalto. Nidifica nos ocos das árvores à beira dos rios. Voa baixo ao longo do rio, pousando em rochas, bancos de areia (praia) e troncos caídos na água. Uma das poucas aves brasileiras adaptadas a rios de regiões de planalto.